sexta-feira, fevereiro 11, 2005

ESCLARECIMENTO!

Minha filha Alice descobriu que tem outro blog cujo acesso é http://www.oxdaquestao.blogspot.com/. Notem que é muito parecido com o meu, www.xdaquestao.blogspot.com. Tirando o quase homônimo, o conteúdo é completamente diferente. Enquanto, no meu, eu lido com denúncias realistas de um paranóico e a Plebe Rude, o meu colega, também chegado num X, se dedica com, pelo que pude perceber, casamento entre gays. Nada contra, claro! O amor é lindo e tem o poder de juntar homem e mulher; mulher e mulher; homem e homem; homem e melancia; mulher e gorila (que resultou na Konga, que se apresenta em tudo quanto é circo); e, até, dois imbecis (ou você tem outra explicação para o Garotinho e Rosinha?). Podem ler quanto quiserem, tenho certeza que o colega bloggeiro casamenteiro ficará muito contente. Acredito na união entre pessoas, mas não entre produções intelectuais, por isso o aviso. Digitem certo para não cair no blog errado. Se não, ao invés de um X, vai ser um xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

RESUMO DA SEMANA (5 a 11 FEV/05)

Leitura: artigo "Super Mario Vence Outra Vez" do Diogo Mainardi publicado na Veja de 9 de fev de 2005; artigo na útlima página da Marie Claire deste mês (sobre o vibrador).

Música: CDs "Closer" do Joy Division e "Skylab V" do Rogério Skylab.

Comida: camarão com chuchu e rabos de lagosta com manteiga e ervas, feito por esse que lhes escreve.

Programa Noturno: insônia da Rosa e Alice.

TV: não vi nada de bom na telinha esta semana (só tinha carnaval).

Cinema: Finding Neverland (Em Busca da Terra do Nunca).

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Notícias do Front - Baterias Gravadas!

Direto do estúdio, notícias quentes: as baterias já estão todas gravadas. Txotxa mais uma vez comprova seu talento, mata a cobra e mostra o pau. Bem, na verdade, a baqueta. Mas mostrou bonito! Novos rítmos, novas ondas. Cuidado com a marola! Próximo passos: matar os baixos e efeitos.

É DEMOCRÁTICO? TÔ FORA!

Cada vez que alguém me chama para um evento “democrático”, invento todas as desculpas plausíveis e não plausíveis para me livrar do convite. Há tempos, andam usurpando a palavra democracia para camuflar acontecimentos e fatos na esperança de torná-los mais digestivos à opinião pública. Um exemplo: a atual Copa do Brasil, descrita como a “mais democrática das competições futebolísticas”. Democrática porquê? Porquê participam um monte de timinhos que ninguém nunca ouviu falar. Quem ou o quê são Corinthias de Alagoas, o gaúcho Ulbra, o pernambucano Treze, CFZ do Distrito Federal, Hermann Aichinger de Santa Catarina, Ituano, São Raimundo, junto com outros desconhecidíssimos, para competir com times como Flamengo, Fluminense e Corinthias (este, o de São Paulo)? A impressão que dá é de tratar-se de um torneio montado para time grande ganhar. Uma grande armação para ajudar cartola falido. Já que não conseguem no ponto corrido, inventa-se um campeonato mambembe e seja o quê Deus quiser!

Democrático, como usado no Brasil, significa “nivelar por baixo”. Vide o mais recente carnaval aqui no DF. Antigamente, o GDF gastava uma nota enfeitando a cidade, preparando o desfile das escolas pelo eixão e preparando pontos de lazer para os foliões poderem pular. Esse ano faltou dinheiro. A solução? Fazer um carnaval democrático na Ceilândia (!?!?!). Tiraram o luxo da festa, deixaram só o lixo. Nivelaram por baixo.

Nas últimas eleições, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Sepúlveda Pertence, convocou os eleitores brasileiros a participar do que chamou de "imensa festa democrática". O quê há de democrático em uma população ser obrigada a votar? Tudo que se faz obrigado, se faz sem obrigação, nas coxas. Mais democrático seria deixar votar quem tem interesse em tal ato. Quem tem candidato, quem acredita.

Lembram da Democracia Corinthiana, iniciada pelo Sócrates e Casa Grande? Veja que merda que deu, o timão não ganha mais nada (talvez na democrática Copa do Brasil 2005 tenha alguma chance!). Nivelaram por baixo.

Democracia, na concepção grega, nunca significou o esquecimento do mérito, do potencial de cada um. Pelo contrário, eles, os antigos gregos, que também tinham um Sócrates (que não jogava futebol), nivelavam por cima. Por exemplo, votava quem tinha condição, sabedoria e raciocínio para tal ato. Escravos e leigos estavam fora. Havia um discernimento, um filtro para o bem comum de todos. Do jeito que estamos indo, democracia está se tornando o governo do diabo, uma demo-cracia.