sábado, agosto 26, 2006

O Covercast vai ao Ar

Durante os 25 anos de carreira da Plebe Rude, gravamos cinco covers. Uma média de um a cada cinco anos. Para mim é pouco, gosto de covers, especialmente quando a banda quer mostrar suas infulências ou rearranjar uma música. As minhas bandas favoritas sempre foram boas nos covers. Led Zep, com aqueles blues. O Clash com os regaes, o Brand New Cadillac, entre outros. Os Pistols com os Stooges. O Damned com MC5. O Stranglers com Burt Bacharah.

Gravei as músicas na ordem cronlógica que aparecem em nossos discos. São as que seguem:

1. Clampdown, do Clash. Versão em português, muito similar musicalmente à original. A letra versada em português não é uma tradução literal, porém manteve o sentido da música. Adoro a nossa versão, acho uma mensagem forte.
2. Luzes, do Escola de Escândalo. Aqui, uma versão ao vivo, ainda com a Mariele nos vocais, junto com meu irmão, Bernardo.
3. Medo, do Cólera. Refizemos a música, dando um quê de Plebe ao arranjo. A parte do solo, em si, foi nossa invenção. Ainda bem que o Redson aprovou.
4. Química, da Legião Urbana. Gravamos essa para aquele especial do Multishow. Queríamos dar um ar mais punk à música, pois a versão original é meia mansa demais. Grande solos e performances do Philippe e Clemente.
5. Starring at the Rude Boys, do The Ruts. Já estou adiantando, a nossa versão estará no R ao Contrário (dia 11, nas bancas!), com o nome de Dançando no Vazio. O Philippe fez um excelente trabalho versando a letra para o português, tiro o chapéu para ele, estava inspiradíssimo quando trabalhou na letra. Mais uma vez, não é uma tradução literal, mas querendo passar a mesma mensagem.

Além dessas, a Plebe sempre tocou outras músicas escolhidas a dedo. Pistols, Clash, Jam, Led Zep e até Peter Framptom, infelizmente para mim, podem ser ouvidos nos ensaios. Divirtam-se.

quinta-feira, agosto 24, 2006

VdaC 4


Reparem as guitarras do Philippe. A Les Paul vocês já conhecem. A SG é nova, presente do Hebert Vianna, que a mandou do Rio via o Felipão, junto com uma cartinha muito emotiva. Valeu HV! Sem você, a Plebe nada seria.

VdaC 3


E não é que demos uma tarde de autógrafos?

VdaC 2





Chegar em Vitória da Conquista foi literalmente uma conquista. De avião até SP, outro até Ilhéus e 5 horas de ônibus até o local do show por uma estrada vazia e esburacada, que forçava o motorista a andar numa velocidade reduzida. Numa hora, um motoqueiro apareceu do nada, deu a entender que estava armado, deu várias voltas no veículo, e sumiu. Ou seja, quase fomos assaltados! No caminho, paramos numa casinha que garantia por meio de uma pintura na parede a "melhor carne de sol do Brasil". Era realmente muito boa, mas porque o nome do restaurante anuncia muqueca? E o preço era 8 reais por uma quantidade de comida capaz de alimentar toda uma vila de refugiados da Somália!
Acima, o Txotxa trabalhando duro, o Felipão e o Philippe e a galera saíndo satisfeita do restaurante.

VdaC 1


Finalmente, fotos de Vitória da Conquista! Nos anúncios do Festival de Inverno da Bahia, as atrações principais tinham a foto maior no cartaz, as outras atrações tinham as suas fotos diminuíndo de acordo com a importância dada pelos organizadores. Como podem ver, não levaram muita fé na Plebe. Após o show, tenho certeza que, se fossem fazer hoje a divulgação, nossa foto ocuparia o outdoor inteiro!

quarta-feira, agosto 23, 2006

Senadores no Inferno!

Um senador está andando tranqüilamente quando é atropelado e morre.

A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.

- "Bem-vindo ao Paraíso!"; diz São Pedro

- "Antes que você entre, há um probleminha. Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.”

- "Não vejo problema, é só me deixar entrar", diz o antigo senador.

- "Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte: Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.”

- "Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso”, diz o senador.

- "Desculpe, mas temos as nossas regras. "



Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.

A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe.

Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado. Todos muito felizes em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo. Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.

Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas. Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora. Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.

Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele.



Agora é a vez de visitar o Paraíso. Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando. Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.

- "E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna."



Ele pensa um minuto e responde: - "Olha, eu nunca pensei ... O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno."

Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.

A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo. Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos.

O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.

- "Não estou entendendo", - gagueja o senador. "Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!"

O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz: - "Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto..."
bela lugosi's dead - trent reznor and peter murphy

No último dia 13 de julho, em Washington, dois de meus heróis subiram no palco para cantar o clássico Bela Lugosi's Dead, do Bauhaus. O Peter Murphy e o Trent Reznor, do NIN. Apreciem.

Pessimismo semanal....

O PCC conta com mais de 320 soldados na rua, prontos para a ação, conforme divulgação da facção criminosa. Economistas apontam para o fim da classe média no Brasil, que deverá ficar só com um monte de pobres, de um lado, e uns poucos ricos do outro. Também fazem a observação de que os impostos pagos hoje no Brasil dariam para reverter esse quadro, mas são utilizados em emendas de deputados que não beneficiam a população.

Enquanto isso, a quase-extinta classe média se refugia em lounges, esperando o fim de sua espécie, crentes que passarão a fazer parte do lado rico da distribuição. Que surpresa terão quando começarem a ter que vender suas TVs de plasma para pagar o aluguel. E a crescente classe pobre cai nas armadilhas eleitorais do PT, dando seu aval para um presidente fantoche, agora abandonado pelos seus mentores, que somente ampliará a base da pirâmide.

Espere! Tem uma luz no fim do túnel! Novo CD da Plebe Rude no começo de setembro!

segunda-feira, agosto 21, 2006

X-Rádio Está no Ar!

Dei o próximo passo e comecei um podcast. Se chama X-Rádio e será transmitido semanalmente. A idéia é mostrar um pouco do que a gente ouve na Plebe, mais especificamente, o que eu estou ouvindo..... he he he. Quando começarmos a tocar mais, planejo colocar alguns trechos dos shows e outras raridades. O denominador comum será Plebe Rude.
Como primeira transmissão, uma homenagem ao Clash, a banda que influenciou de forma mais definitiva a Plebe. Mas não incluí nenhum hit, pois esses você já têm. Quis mostrar um pouco o outro lado do Clash, o que aconteceu quando a banda terminou, seu legado. O podcast, chamado de Clashcast, começa com Joe Strummer & the Mescaleros, do disco Earthquake Weather, segue com o sensacional Havana 3 a.m., banda do Paul Simenon, pouca conhecida, mas sensacional. Deles, toco Urban Surfer, música inspirada nos surfistas de trens cariocas. Segue com BAD, do Mick Jones e termina com o lado B do compacto Rock the Casbah, o Mustapha Dance, que é nada mais nada menos que um remix do lado A.
Divirtam-se.

Para acessar: www.canal.podcast1.com.br/x-radio

domingo, agosto 20, 2006

Vitória da Conquista

Desculpem todos aqueles que ficaram agüentando o Jornal da Globo para ver a Plebe. Esse negócio de link funciona assim: eles acertam um horário, e não importa quem estiver no palco naquela hora, a imagem será transmitida. Como tudo atrasou – a Wanesa da Mata perdeu o avião – foi o Nando Reis.

O Festival de Inverno da Bahia é um evento impressionante. Trinta mil pessoas por noite se dividem entre um palco principal, dois secundários, uma tenda de forró, outra de música eletrônica e várias outras atrações. O nosso show foi legal, mas como era tarde, ficou somente um terço da galera, que mesmo assim é um público impressionante. Na primeira fila, uns Plebeus e meia dúzia de punks olhando feio durante as músicas lentas e dançando para as rápidas. Prefiro os Plebeus, com suas mentes mais abertas.

O Jander não pode participar, pois logo após o show do Nando Reis, tiveram que subir no ônibus e seguir para Salvador. Nossa volta também não foi das melhores, tendo que fazer de madrugada, por uma estrada coberta de neblina, cheia de buracos, o caminho até Ilhéus.

Próximo show, dia 14 de setembro em Curitiba.