terça-feira, julho 10, 2007



Dois momentos no Mané Garrincha que simbolizam bem Brasília. De longe, lindo, de perto, um caos, onde sobrevive o mais "experto".

Se vocês leram os comentários do último post, tem uma do Milton que é demais. Eu me lembro dele contando pessoalmente essa história numa batatada na casa do Fê. A gente se dobrava de rir. Milton, a entrada do Mané Garrincha continua do mesmo jeito. Goiânia é faroeste, mas aposto que a Serra Dourada tem, pelo menos, um placar, coisa que aqui na capital federal é inexistente!

7 comentários:

Anônimo disse...

OFF TOPIC - Como não achei o contato mando por aqui o resultado com o link do resultado Premio Toddy onde a Plebe foi o terceiro álbum mais votado na categoria álbum rock com 859 votos e só perdeu p/o Matanza e o Zeferina Bomba . Ah , o Senhor F Discos foi o quinto com 471 votos na selo/gravadora

Anônimo disse...

Esqueci o link http://www.premiotoddy.com.br/www/vencedores.html

Anônimo disse...

Pois é, André. Vale a pena contar, aqui para os seus leitores, para ninguem cair na mesma roubada.

Goiania mudou muito. Aquilo foi há mais de 20 anos, mas o estádio ainda é o mesmo. O perigo ainda existe.

Pois bem, quando se entra no Serra Dourada, a pessoa segue num tunel que leva até a arquibancada. Quando o tunel acaba, logo em frente tem a escada, para a pessoa descer e procurar um lugar. Nos lados dessa escada tem os lugares para sentar.

No meu caso, a arquibancada estava totalmente lotada. Não havia outra opção senão sentar na escada (como nos cinemas). Mas aconteceu que as pessoas atras de mim foram sentando na escada tambem, até lotar tudo.

Contudo, desse tunel ainda vinha mais gente, com mais gente empurrando atrás. Quando o ultimo degrau da escada foi ocupado, quem vinha atrás ficou com as canelas nas costas de quem sentava na escada. Os que vinham atrás no tunel empurravam.

Então, assim começou a rolar goiano pela arquibancada abaixo. Quando eu vi, havia uma avalanche de gente caindo em cima de mim. Fiquei com as pernas presas e nisso já perdi os sapatos (inclusive as meias).

Para sobreviver, tive que largar a corneta, a bandeira e o radio de pilha. Sai nadando num mar de gente, desesperado, dando joelhada, pisão e cotovelada na cara dos outros.

Tive sorte de conseguir puxar a minha calça. Sai de cueca, com a calça na mão.

Resumindo: nunca sente na escada da arquibancada do Serra Dourada, pois do tunel não pára de chegar gente e isso cria um efeito cama de gato, causando avanlanche humana e pisoteamento.

André Mueller disse...

Milton, sua narrativa contando essa estória foi muito boa, estava inspiradíssimo nesse dia. Tanto é, que me lembro dos detalhes até hoje.
Abraço.

Anônimo disse...

André,

Já que voce deu corda, vou contar a saga do treis oitão na cara

Isso aconteceu após o pisoteamento.
Depois de colocar as calças, enquanto descalço e emputecido pela perda do radio de pilha, sem conseguir ver o jogo, senti que bom mesmo era estar em casa, diante da TV.

Fiquei então perambulando, indignado, desolado e aturdido, como um fantasma arrastando corrente, pelos fundos do estadio. Ser excluido é foda.

Pensando numa solução para tal roubada, pois a bola já rolava, percebi que no Serra Dourada as cadeiras ficam em cima das arquibancadas. Haviam lugares vazios por lá.

Percebi tambem que haviam umas arvores junto as cadeiras. Como num estalo, uma lampada se acendeu na minha cabeça.

Tive a brilhante ideia de subir na arvore para então pular e penetrar nas cadeiras. Era arriscado, mas eu fui lá e consegui.

Estava sentando na cadeira, sorridente, assistindo o meu jogo de bola. Porém, notei que uma multidão de excluidos havia observado a minha façanha. Estavam me copiando. Começou a subir gente sem parar.

Rapidamente, depois de lotar as cadeiras por completo, continuava subindo mais gente. Quando percebi, havia um peão boiadeiro sentado no meu colo.

Não pude suportar aquilo. Au au au, tire a bunda do meu pau! Mas ele não tirou. Pior ainda: outro vaqueiro sentou no colo dele. Eram dois, tres... assim tive que levantar. Automaticamente, perdi o meu lugar, outra vez.

Em menos de 5 minutos, depois de achar que estava tudo resolvido, vi que a sorte havia mudado. Estava na merda de novo, sem lugar. Fiquei encurraldo no canto, em pé.

Nisso um troglodita gritou, com aquele caracteristico sotaque goiano: - sai da frente, o babaca!

Apontando para a considerável altura adiante, no ar, fora das cadeiras, respondi que não tinha para onde ir.

Então o troglodita rural ficou possesso, sacou um 38 e colocou na minha cara. Cutucando o revolver na minha testa, repetiu mais alto: - sai da frente, o babaca! Respondi: - sim, senhor.

Em segundos, olhei, vi que não era possivel voltar ao galho amigo em que eu havia subido. Deu aquele frio na barriga.

Mas não tive escolha. Como se fosse um esquilo voador da Australia, ou talvez um macaco prego do Alto Xingu, me atirei de volta na arvore, tentando alcançar o galho mais proximo

O galho quebrou , vi uma rapida reprise da minha vida. A sorte foi ter caido em outro galho abaixo, batendo com a barriga, coisa que diminuiu a velocidade. Consegui me dependurar e isso controlou a minha queda.

Cai no meio da multidão, que, ouvindo o barulho dos galhos quebrando, abriu. Felizmente não acertei ninguem.

Tive a sorte de apenas torcer o tornozelo (torcedor é otário mesmo). Tambem ralei a barriga toda, mas na hora nem percebi. Notei as raladuras depois, na hora que o mertiolate ardeu como fogo.

Essas foram as minhas amargas lembrança do Serra Dourada. Lá eu não volto. Nunca mais.

Anônimo disse...

Podre - Podre - muito Podre - mil vezes Podre... veja o que está no blogg do Jamari França (Pança como diz o X):

Rogério Flausino também defende a idéia de que uma nota musical vale por mil palavras. Diz que, não fossem os artistas que viu no Rock in Rio I, por exemplo, ele não teria visto despertar a vontade de ser músico.

- é, quando eu tinha 11 anos de idade, se não fosse o Live Aid, eu não pensaria: 'quero ser artista e participar de um festival assim'. Então, o garoto que vê o Jota Quest no Live Earth vai ser tocado pelo tema ambiental. É lógico que estamos mudando algo.

fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/jamari/Default.asp

Triste!!!!

Anônimo disse...

Hahahhaa, só um comentário nada a ver com a foto ou o tema...tava vendo aqui na internet e tal, e axei uma foto do George Foreman, aquele do "Grill", e pô, ele é a cara do Clemente. ahahahaha...vejam depois !