sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Grind House Teaser Trailer

Tarantino e Rodriguez estão de volta - e juntos!!! Não poderia haver melhor notícia para tirar um pouco da depressão carnavalesca! Sensacional! Vejam o trailer, acima, e babem.

A Filmagem do Clipe de Até Quando Esperar (ao vivo)

Enquanto a Trégua Não Vem teve um segundo clipe, também dirigido pelo José Eduardo Belmonte. Inclusive, ele só existe por causa de uma iniciativa do José Eduardo em sugerir gravar um show da Plebe no Teatro Nacional, em Brasília, e editar as cenas sincronizadas com o áudio de Até Quando Esperar, do disco. Como um leitor já comentou, uma forma barata e eficiente de fazer um clipe. O resultado ficou bastante bom, porém não encontro cópia no You Tube para mostrar para vocês.

O interessante comentar sobre essa música é que, quando a gente começou a ensaiar para a gravação do ao vivo, queríamos fazer uma versão diferente do nosso maior hit. Brincando, chegamos à mudança das baterias, do pulsar do baixo, a inserção da viola e o som mais cru da guitarra. Somente agora, após o lançamento do R ao Contrário é que voltamos a tocar a música como foi gravada no Concreto. Qual das duas versões será que os plebeus preferem?

Um Homem Sem História = Árvore sem Raíz.

Um comentário no post sobre o clipe de Luzes me fez pensar um pouco. Muito bem escrito, porém não assinado, trata das várias histórias passadas da Plebe Rude que ando contando. Por exemplo, terminei recentemente uma série sobre detalhes das gravações dos discos e, atualmente, estou escrevendo sobre a filmagem de todos os clipes oficiais lançados para divulgar os discos. O anônimo sugeriu que deveria me concentrar no presente e no futuro, deixando de lado o passado. Em parte ele tem razão, acontece que essa é a época do ano chamada de “calmaria” entre as bandas. Espremida entre as festas de fim-de-ano e o carnaval, nada acontece a não ser festivais de verão e axé e samba.

Para piorar, esse ano choveu adoidado, forçando muitos dos poucos organizadores de shows a não quererem arriscar perder dinheiro por causa do baixo comparecimento de pessoas que não saem de casa quando cai um temporal.

Poderia, também, abrir o bico sobre os detalhes do DVD, mas o silencio, nesse caso, é estratégico. Quando sair, vai ser de supetão, surpresa total.

Além disso, gosto de contar histórias passadas. Como diz o historiador Galbraith: o estudo da história é um assunto pessoal, na qual a atividade é mais valiosa que o resultado.” E é assim que me sinto. A atividade de compartilhar os bastidores da Plebe e o feedback de vocês é muito valioso, divertido e trás satisfação. Espero que estejam de acordo.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Plebe Rude - Luzes (Video Clipe) 1999

A Filmagem do Clipe de Luzes

José Eduardo Belmonte é um talentoso diretor de Brasília. São fã pessoal de seu trabalho, desde os curtas como TP e Cinco Filmes Estrangeiros, até seus longas, do qual destaco Concepção, que tem na trilha sonora Plebe e André X. Também é o diretor com o qual mais trabalhamos.

Seu primeiro clipe para a Plebe Rude foi para Luzes. A idéia do Zé Eduardo era bastante ambiciosa. Queria, num único clipe, mostrar a banda tocando, os músicos em locais importantes para a Plebe, como a comercial do Adrenalina, o Foods, contar a estória de um garoto que era rejeitado por seus colegas por ter um estilo diferente, pois ainda ouvia vinil, dançava chutando, usava roupas alternativas, e, ainda, relatar a letra da música, que fala da primeira transa de um moleque, com todas as ansiedades e decepções. E conseguiu! O resultado final foi muito bom. Esse é considerado por muitos plebeus como o melhor vídeo da Plebe.

As gravações ao vivo ocorreram num show realizado no Paranoá, dentro de um projeto do GDF de levar música ao vivo para comunidades do DF onde ninguém tocava. Os locais “importantes” foram filmados de manhãzinha, de madrugada, para aproveitar melhor a luz. Lembro que gravei as cenas, troquei de roupa e ainda fui trabalhar! O ator que fez o personagem principal, cujo nome claro que esqueci, fez um trabalho muito bom.

Tem uma cena de um garoto - acho que o nome era Patolino - fazendo reverência para mim. Durante um tempo, em qualquer show que a gente fazia no DF, ele pulava no palco e fazia essa encenação. Fico feliz que o Zé tenha capturado isso no clipe.

A música, como vocês sabem, é da Escola de Escândalo, banda formada pelo meu irmão, Bernardo, Balé, Geraldo e Fejão. Realmente foi uma pena eles nunca terem gravado um disco, pois seriam a grande quarta banda de Brasília.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

A Filmagem do Clipe de Mais Tempo que Dinheiro

Pouca gente sabe, mas o Mais Raiva do que Medo teve um segundo clipe oficial. Por acaso, era meu vídeo favorito da Plebe até ver o de O Que Se Faz. Trata-se do clipe de Mais Tempo que Dinheiro. Vejam só a ironia, quando a gente era de gravadora grande, havia uma dificuldade de filmar vídeos. Indo para uma independente, conseguimos fazer dois em menos de seis meses.

O roteiro do clipe era muito simples: filmar a gente tocando ao vivo e sincar as imagens ao som de Mais Tempo que Dinheiro. O local escolhido não poderia ser melhor, um show na UERJ, universidade que fica ao lado do Marcanã. O público estava 110% plebeu, aqueles shows perfeitos onde existe uma sinergia entre a banda e o público. Se conseguisse capturar essa energia, essa sensação, e torná-la comercial, seria dono da melhor e mais possante droga do mundo, ficaria rico.

O pessoal que editou as imagens conseguiu capturar essa troca plebe/público com perfeição. Os moshes, a emoção, o pessoal cantando junto, a alegria dos músicos, tudo ficou perfeito. Lembro que estava usando uma camiseta do White Zombies com uma camisa social por cima. Em algum lugar, eu ainda tenho esse show inteiro em VHS. Vou descavar isso, transformar em DVD e colocar na internet.

Infelizmente, o clipe não foi muito tocado, a Natasha Records não tinha bala para bancar os jabás necessários. Não existe no You Tube. E, antes que perguntem, não, não temos uma cópia, buá!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Uma Pausa para os Comerciais.




Esse mundo materialista nos leva a comprar coisas que não queremos, não precisamos e/ou não nos servem. Nesse sentido, resistam, guardem seus trocados no “cofrinho da Colméia” que muitas coisas legais estão vindo por aí.

Para começar, um álbum de figurinhas do Rat Fink, intitulado Máquinas e Monstros. Quem já viu a capa do sensacional disco Junk Yard, do Birthday Party, sabe que os desenhos do Ed “Big Daddy” Roth só são superados pelos seus famosos hot rods. Na década de 70s, o jovem X montava modelos da Revell baseados nas figuras do Ed Roth. Eram sensacionais e me arrependo de tê-los explodidos com bombinhas (prática comum na Colina naquela época......). Com certeza será o álbum cujas figurinhas serão compradas mais por adultos do que por crianças. Quem entrar nessa, entre em contato para troca de figurinhas, pois esse é um que pretendo completar.

Outra boa notícia é que Zack Snyder confirmou que vai dirigir a adaptação para o cinema de Watchmen, clássico dos quadrinhos escrito e desenhado por Alan Moore e Dave Gibbons. Numa entrevista ao site Omelete.com (Não conhece? Corre atrás!), o diretor disse que não vai deixar os estúdios hollywoodianos interferirem no roteiro. Essa preocupação é grave, pois, recentemente, deram um banho nos roteiros de Flash e Mulher Maravilha para torná-los mais “família”.

E, também, do mesmo site, outra confirmação sensacional: vão filmar Ronin, que para mim é um dos melhores trabalhos do Frank Miller.

Ah, se somente tudo isso saísse no carnaval, seria perfeito para fugir do samba, suor e ouriço.

Uma Pausa nas Filmagens para o Arruda.

Eternos vigilantes, de olho nas ações dos outros, procurando agir localmente para impactar globalmente, estamos sempre apontando os erros e absurdos cometidos. No entanto, quando acertam, acho que deveríamos elogiar e bater palmas.

Refiro-me ao governador do DF, Arruda. Como sabem, não falamos bem dele durante as eleições ocorridas no ano passado. Temos sérias restrições contra a prevaricação, que consideramos um dos grandes males de nossos políticos. Como não tem lei contra, qualquer um pode mentir sem grandes conseqüências para suas carreiras. Nosso “pega” com o então candidato era esse.

No entanto, há pouco menos de dois meses no comando do Distrito Federal, o Arruda tem agido de forma que nos fez notar e tirar o chapéu com aprovação. Na verdade antes de iniciar o seu mandato, começou mandando bem. A postura do Arruda deveria se imitada por outros chefes dos executivos estaduais, municipais e federal. Quando ganhou as eleições, parou de agir como candidato e começou a falar como administrador. Tem muito político que, mesmo cumprindo o enésimo mandato, insiste em agir como candidato.

O Arruda age em equipe, condição necessária para qualquer gerente ter sucesso. Envolveu todos durante a transição, que não foi fácil, pois recebeu o DF totalmente arruinado financeiramente e socialmente pela dupla Roriz/Abadia. Oficialmente, o rombo que pegaram foi R$ 2 milhões, deve ser mais. Isso imobilizou todo seu espaço de manobra para implementar suas ações. Outro teria procurado um “milagre” contábil ou alguma forma jurídica de gastar mais e ignorar o buraco. Fez o contrário, assumiu a dívida e propôs maneira de diminuí-la.

Nos dois meses à frente do DF, desonerou a folha de pagamento (que é paga por nós, contribuintes), tirando não concursados, diminuindo os comissionados, revendo contratos, fazendo tudo que um administrador da iniciativa privada faria. Implodiu aquele esqueleto ao lado da Academia de Tênis. Está propondo um túnel por debaixo da esplanada, da praça dos Três (podres) Poderes, visando desafogar o trânsito. Mesmo contra a vontade do Neimeyer, que está gagá e não deve mais ser ouvido quando o assunto for urbanismo. Propôs novo esquema para os “pardais”, de tal forma a não permitir a indústria das multas, mas preservar a paz no trânsito. Mudou a sede do DF para Taguatinga. Andou conversando com o INDG, instituto que tem ajudado políticos sérios, como o de MG e SP, a governar por meio de objetivos claros, comunicação permanente, indicadores de acompanhamento e projetos viáveis.

Cumprimentamos o Governador Arruda, reconhecemos que está fazendo um bom trabalho e esperamos que continue assim, agindo com competência acima da politicagem, como gerente e não candidato permanente. Estaremos acompanhando de perto e sempre vigilantes para aplaudir os acertos e apontar os erros.

Desafios que terá pela frente: desenvolver uma indústria própria para o DF, alguma coisa que aproveite a vantagem comparativa do Distrito Federal e tire o poder econômico dos funcionários públicos; acabar com o descaso pelo bem público, pois aqui no DF qualquer um invade, constrói e sai impune, ricos e pobres, privado e governo; educar, educar, educar.

Note bem, não estamos virando a casaca, nem nos tornando cabos eleitorais do Arruda, simplesmente reconhecendo que quem está no comando do DF, pela primeira vez em décadas, começou com o pé direito.
A Filmagem do Clipe de Este Ano

Tem coisas que a gente faz na vida que, a cada lembrança, dá um nó na barriga, uma vergonha na alma e a vontade de migrar para o Iraque e virar um Taliban. O clipe de Este Ano é o meu embaraço artístico de todos os tempos. Tanto é que, ao procurar o clipe para disponibilizar, só achei essa versão do Mion zoando a gente – e olha que ele poderia ter feito bem pior!

Foi mais ou menos assim: terminamos de gravar o Mais Raiva do Que Medo por um selo independente, o Natasha Records. Claro que não havia verba para rodar um vídeo. Para terem uma idéia, até a ida para SP para divulgar o disco foi feito dentro do carro de um dos donos – e ainda tivemos que rachar o gás. A Connie, fundadora da Natasha, é muito bem relacionada. Ela conhecia um tal de Marcelo Dantas, um videomaker dono de uma produtora que fazia filmes experimentais. O cara concordou em fazer nosso clipe.

Quando fomos ter a reunião de pré-produção, ficamos impressionados com seu equipamento. Inclusive, tinha uma micro-câmera que me deu uma idéia bem legal: colocar a câmera dentro de balões e filmar a gente tocando. Só daria para ver umas imagens distorcidas. Daí, aos poucos, estouraríamos os balões e a banda entrava em foco. Daria um efeito bem bacana. Claro que o “gênio” do diretor nem considerou, queria fazer um lance sado-masoquista. O resultado é esse aí.

Claro que o clipe ia parar no Piores Clipes do Mundo da MTV, era seu destino, foi para isso que foi feito. E legal a pessoa que consegue rir de suas próprias atrapalhadas. Com o rosto rúbreo de vergonha, repasso o mico para vocês.

Vale dizer, no entanto, que a gente se divertiu muito gravando nos porões de um shopping abandonado em Copacabana. Até hoje, não sei como não pegamos tétano ou qualquer outra doença. Rolamos no esgoto, nos cortamos em arames e correntes. O Marcelo Dantas era louco, queria a coisa realista.

Outra historinha gozada: imagine a gente entregando o clipe na MTV. Fomos assistir com o pessoal e, quando terminou, ficou aquele silêncio. Arg!