sexta-feira, julho 10, 2009

Scott Pilgrim: um baixista no holofote!


O meu amigo e guru Chico Bóia define a humanidade em duas categorias: carneiros ou pastores. A definição vai um pouco além de ser líder ou liderado. Refere-se à capacidade de ser independente, de ter uma visão única do mundo, de descobrir coisas novas e ter opinião própria. Esses são os pastores. Os que vão na onda, copiam, consomem produto feito para as massas, esses são os carneiros.
Tem uma série canadense em quadrinhos, desenhado por Bryan Lee O’Malley, que vai fazer a diferença entre os carneiros e os pastores. É o personagem Scott Pilgrim, um baixista de 22 anos que se apaixona pela Ramona Flowers. Só que para ganhá-la, tem que passar pelos seus sete ex-namorados maléficos. Soa meio adolescente imbecil, mas é fantástico.
Acontece que vão fazer um filme. O filme, sim, vai ser dirigido ao público adolescente. Muito difícil capturar o “legal” da história na tela. Então, antes de chegar aos cinemas, é bom vocês lerem. Daí vão poder falar: “pô, não captou nada do que eram os quadrinhos”. Vamos poder sair do cinema rindo dos “carneiros” que estão sendo alimentados cultura regurgitada.
Sejam pastores, leiam a série Scott Pilgrim, a única vez que um baixista vira herói!
E parece que a Cia das Letras vai publicar a série em português. Não porque entenderam do que se trata, mas porque vai virar filme e eles querem colher os lucros.

quarta-feira, julho 08, 2009

Lost in the Supermarket.

Fui atropelado dentro de um supermercado! Fazendo compras, domingão de manhã, lá estava descendo com meu carrinho pela esteira rolante em direção à garagem quando algo me atinge pelas costas com força. Bate na altura da cintura, me prensando contra a barra de mão do carrinho de compras. Com o impacto, as canelas são pressionadas com força contra a parte de baixo do carrinho.
Os carrinhos de compras têm umas rodas especiais que se encaixam nos sulcos das esteiras rolantes, travando sua descida pela rampa. Com a pressão vinda por trás, começamos a nos mover para frente. Para não cair, começo a correr junto, mantendo o ritmo da descida. Chegando a parte plana, já fora da esteira, me jogo no chão, para o lado, enquanto o meu carrinho e, o que vim a descobrir ser um carro de carga usado para carregar caixas e estocar as prateleiras, se chocam contra a parede do fundo.
Saldo, uma dor imensa no abdome, duas canelas sangrando e inchadas. Pareciam que havia bolas de golfe por dentro da pele! O funcionário que havia soltado o carro lá de cima (não havia agüentado o peso!) pede umas desculpas sem entusiasmo e só se preocupa em juntar as suas caixas esparramadas no chão.
Reclamei com o supervisor, fiz ocorrência na polícia, perícia no hospital (estava preocupado com hemorragia interna) e no IML. Imaginem se fosse uma criança, teria batido bem na cabeça! Ou alguém da terceira idade, já era! O perigo nos ronda, tomem cuidado.
A boa notícia é que ainda consigo tocar. E tem show em Presidente Prudente no dia 1º de agosto!